Brasil para iniciantes parte I

Se o título soa estranho, você provavelmente não sabe que minha primeira viagem para o Brasil em 2020 teve um motivo muito especial. Meu querido primo Ole e seus pais planejaram uma grande viagem para este ano, antes que Ole comece na escola e tenha férias um pouco mais limitadas. A escolha do destino veio da vontade de descobrir um pouco mais sobre esse país enorme de onde vem meu pai, e, quem sabe, desvendar um pouco da língua engraçada que eu falo com ele. E então a família Schwantuschke/Schanwell apontou para a América do Sul e desembarcou em São Paulo. E não é que eles não sejam viajantes experientes, mas o Brasil guarda lá suas peculiaridades. Por isso, resolvemos estar lá para acompanhá-los nas primeiras semanas, primeiras trilhas, primeiro pastel, primeiro encontro com uma cobra, etc.

A primeira semana deles foi de tranquilidade em Santos, acostumando-se aos cheiros, gostos, ao calor, à chuva e aos primeiros choques culturais. Não demorou até que Ole fosse conhecer a praia do Gonzaga.

Praia com direito a arco-íris
Antes da chuva

A primeira trilha começou com uma viagem de barco até a praia do Góes, no Guarujá. De lá partimos morro acima até a praia do Sangava. Começava pra mim aí uma longa lista de trilhas intermináveis que eu às vezes gostava, outras nem tanto. Ole já tinha mais experiência, apesar da vegetação um tanto diferente das dos alpes e fiordes nórdicos.

O destino.

A programação não era só praia. Também levamos os três para conhecer a cidade.

A feira, os pastéis e o caldo de cana… Ahhh…

E para que papai e mamãe pudessem passear sozinhos com Christoph e Franziska pela barulhenta São Paulo, eu e Ole resolvemos passar um dia com Vovó, Juju e Lalá. Meu momento de brilhar como tradutor, mediando a comunicação entre Ole e as três.

E não podia faltar, é claro, um passeio no shopping com direito a mergulho na piscina de bolinha.

E depois de uma semana em Santos, era hora de começar a mostrar um pouco do Brasil pro Ole e pros seus pais. A primeira parada foi em Paraty. Não precisamos de muito tempo pra conhecer a pequena cidade.

Em Paraty eu pude voltar a desenvolver minhas habilidades em trilhas. A primeira nos levou uma uma linda cachoeira, deserta, todinha pra nós, onde até o papai aderiu ao naturismo alemão. A segunda foi em Trindade, e nos levou a uma praia aparentemente inofensiva. Ole, Franzi e Christoph, com mamãe, tiveram ali sua primeira experiência com uma corrente de retorno e devem ter ganhado um pouco mais de respeito pelo mar.

FKK
A praia brava de Trindade

E porque esse relato já parece estar ficando longo demais, deixarei o resto na nossa viagem pra uma segunda parte. E vale a pena esperar, pois é aí que começam as aventuras de verdade. Até lá.

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3 Comentários

  1. Anonymous
    March 8
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    Adoro as suas aventuras e passo todo o tempo dessas viagens em oração. Isso pra que vc consiga subir uma “montanha” sem se cansar, pra que vc não se assuste com uma cobra pela estrada e nem encontre um “crocodilo” pelo caminho. Acho que preciso intensificar as minhas orações rsrs.

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