Ir ao Brasil em setembro é sempre um pouco problemático pra papai e mamãe, que tanto apreciam os últimos dias de verão em Cluj. No Brasil ainda não tá calor suficiente, a praia é incerta, chove. Eu sempre vejo o lado bom: aniversário da tia Lalá e os doces de Cosme e Damião. Mamãe escapou e papai mais uma vez sozinho me levou pra visitar nossa família brasileira. E, pra quem é novo por aqui, eu explico mais ou menos como os coisas funcionam por lá.
Dessa vez ir à praia foi coisa relativamente rara, já que o tempo realmente não era dos melhores. Mas sempre que o sol raiou um pouquinho e a temperatura passou dos 20 graus nós corremos pra lá. E os sorveteiros também.
Mas nem só de sorvete vive a praia. Também tem muita água, areia e espaço, o que torna as possibilidades de brincadeiras infinitas. Papai, que também não queria perder um momento de sol, foi quem teve mais coragem pra explorar a água ainda não tão quente comigo.
E quando o sol também não era quente o suficiente, nós ainda assim íamos à praia comer um milho cozido ou brincar um pouco na areia.
E quando o tempo não era pra praia, muitas vezes o caso nessa viagem, nós inventávamos outros passeios um pouco mais culturais, como museus, exposições…
E já que estamos falando de cultura e arte, fizemos também várias apresentações de teatro na casa da vovó, eu sempre como protagonista, roteirista e diretor, claro. Até uma aula de circo eu fui fazer com o papai. Muito tímido, eu mais observei, especialmente depois de uma cambalhota que saiu um pouco mais intensa do que eu esperava.
Quando a chuva apertava mesmo, o jeito era ficar na casa da vovó, onde eu muitas vezes tinha a companhia da Dandara pras brincadeiras.
Ou nós fazíamos passeios pelos muitos shoppings da região. E, pasmem, no shopping também tem sorvete.
Além do aniversário da Lalá, também dia de Cosme e Damião, sempre celebrado com toneladas de doces (e a ausência de fotos não sei se é descuido, ou cuidado excessivo pra que mamãe não se desespere com a barbárie de açúcar), eu também fui convidado pro aniversário da minha prima Maria Clara. Ela é um pouco mais velha, e tinha muitos amigos mais próximos do que eu, o que nos dificultou a interação. Eu, no entanto, me diverti muito buscando na mesa de doces brigadeiros e cupcakes pra todos os convidados.
Outro encontro muito querido pra mim foi com a Tati, ou Tatia, como eu prefiro dizer. Ela tem uma gata muito mais boazinha que a Zola. Até o papai fica tranquilo do lado dela.
Um tema muito presente nessa passagem pelo Brasil foi a nossa próxima passagem pelo Brasil. Sim, é que na nossa próxima visita, levaremos conosco parte da família da mamãe: tio Christoph, tia Franzi e meu primo Ole. Franzi e Ole parecem dedicados a aprender um pouquinho de português, e pra família do papai não ficar pra trás, resolvi ensinar também um pouquinho de alemão. Titia Lalá parece ter talento.
E, bem, essa não foi a nossa viagem mais longa pelo Brasil, mas, no fim, eu já estava com muita saudade de casa, do meu trenzinho e, é claro, da mamuschky! O que significa que, apesar de gostar muuuuuito da minha família brasileira, eu passava a maior parte do tempo assim…
E foi por isso que eu curti demais chegar em casa e matar as saudades…
*Titia Jujú, fotógrafa dedicada (e justamente por isso), infelizmente não apareceu nas fotos.
Tia Juju não cansa de admirar e registrar cada movimento dele. ❤️